Há coleccionadores de tudo, desde calendários, canecas ou porta-chaves, a objetos um bocadinho mais valiosos, como obras de arte ou carros. No mundo da moda, já sabemos que há coleccionadoras de sapatos (aqui e aqui) ou carteiras (aqui), e há quem coleccione tudo o que veste (aqui). Mas, aparentemente, há quem vá muito para além disso – coleccionar roupa ou acessórios que os famosos já usaram pode ser um um bom negócio, mas costumam ser itens dignos de museu: um fato do Elvis, os sapatos vermelhos de Judy Garland, um vestido da Marilyn Monroe… Ultimamente, os negócios alargam horizontes, e às vezes são as próprias “vedetas” que organizam vendas dos seus bens pessoais, normalmente para fins humanitários. E com essa ideia em mente (e para parar com as variadas tentativas de venda de objetos pertencentes à falecida Princesa Diana, presumo), a Casa Real Britânica proibiu a venda de bens que tenham pertencido – ou pertençam – à família real para fins comerciais; os leilões ou outro tipo de doações apenas são permitidos para fins beneficentes. Mas se o membro da família real ainda não o fosse na altura em que usou o item? E se o item não fosse seu, apenas alugado? Aí, temos um vale tudo – e foi o que aconteceu recentemente com a amiga Kate.
Antes do seu casamento, a atual duquesa alugou dois chapéus a uma loja, para dois eventos diferentes: em 2008, para a cerimónia em que o príncipe William recebeu a sua Ordem da Jarreteira (acho que é assim que se escreve); em 2010, para o casamento de amigos do príncipe, dias antes de anunciarem oficialmente o seu noivado. Ambos foram alugados por 100 libras cada um, na altura, mas a loja, percebendo o seu potencial, guardou-os com todo o carinho e levou-os a leilão, onde esperava obter cerca de 1000 libras por cada chapéu, mas o que não antecipava foi o resultado: 3.224 libras por um, 3.700 libras pelo outro. Para o comprador anónimo, seguiram ainda o recibos originais do aluguer e os agendamentos feitos pela atual princesa para experimentar os ditos chapéus. O interessante? O leilão foi realizado pela mesma leiloeira que vendeu o vestido transparente que Kate usou num desfile de moda, quando ainda andava na universidade – e ao qual William assistiu. Cheira-me a assédio, e do grande… mas – confessem – quem resistiria a ter no armário um chapéu usado pela duquesa? E a um negócio destes, que certamente irá render muito mais no futuro?
Até já!
Créditos: Telegraph.co.uk